sábado, 19 de junho de 2010

Reflexo

As conchas dormem
     na claridade das águas
trespassadas pelo sol

Numa dormência infinita
       guardam suspiros de mim
   no fundo delas

 Na areia do meu palco
        quase arena
também durmo e respiro
        meu último sonhar

                  Ainda há um fio de sono
                            que me sobra

            O que virá
      é sempre um mistério

Vaga que guarda na dobra
          quem sabe um despertar

5 comentários:

  1. "Na areia do meu palco quase arena" Que ótimo!!!!
    Não tem definiçao melhor!
    Lindo seu texto, muito lindo!

    Grande beijo.

    Ala.

    ResponderExcluir
  2. seus temas prediletos e recorrentes. a imensidão do mar, areias infinitas e uma solidão única.
    assim o sol se faz um mistério novo dia após dia para a concha que o recebe em sólida transparência.
    assim você concha se fecha e espera ser trespassada por um mistério em calor, em corpo e em luz.
    uma concha vai despertar e abrir.

    um beijão com sorriso.

    ResponderExcluir
  3. Queridos Ala e Rubens, é sempre bom
    vê-los por aqui!
    Desculpem a demora..estive, por alguns dias,
    dentro de uma concha, no fundo do meu mar
    particular...

    Beijos muito carinhosos!

    ResponderExcluir
  4. oi, jac, espero que tenha saído da concha e esteja tomando um sol na areia e preparando novos textos e poemas.

    beijão em você.

    ResponderExcluir
  5. Oh, Rubens...estou numa roda viva danada.
    Muito trabalho! Mas em agosto volto e vou
    lhe visitar. Seu blog é muito, muito
    interessante e vc é dono de um talento imenso!!

    Muito carinho pra você!

    ResponderExcluir