sexta-feira, 7 de maio de 2010

Milagre


Começo a gostar desse meu novo rosto, despovoado de tardes antigas. Sem marcas nem desgosto. Com a minha casa voltada para o sol, para o dia  que nasce. Vejo no longe do mar, um horizonte azul, cheio de promessas. No bolso vazio, carrego algumas mágicas que inventei pra não sentir saudade. Meus barcos espalhei todos,  no reflexo verde das águas. E assim, livre de sonhos e ilusões, reabro as portas e janelas do meu coração.
Vou gostar dessa ressurreição.

12 comentários:

  1. Que lindo renascimento. Esse painel leve e verdinho aqui é como casa nova, ainda sem móveis ou cacarecos que fazem do tempo um não passar. Casa novinha, ainda por desbravar. Luminosa, ventilada e com o frescor de quem chega pra recomeçar. Hum... sonhos e ilusões são mesmo fantasias velhas, de carnavais longínquos, guardadas sem se saber porque num sotão empoeirado.

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  2. Márcia, adoro as mudanças, as casas novas, os recomeços. Gosto dos sentimentos verdinhos, brotando como as folhinhas nos galhos. É assim que eu me (re)invento.
    Obrigada por sua visita sempre tão delicada!

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  3. Olá!

    Vi você no blog da Ju Rigoni. Vim espiar e adorei!
    Já virei fã e seguidora, viu?

    Abraços

    Lia

    Blog Reticências...
    http://liaks25.blogspot.com/

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  4. Jac., esta visita é retribuitiva. Tempão que aqui não vinha também eu. Pego logo um post onde você começa a gostar do seu novo rosto, beleza.
    Há milagres acontecendo do tempo inteiro.
    Todos podem ver, inclusive os "agnósticos não praticantes", como em sua interessante autodefinição.
    Tudo de bom pra você
    Até breve.

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  5. Lia, obrigada pela visita e carinho!
    Venha sempre com as suas reticências...
    Esqueci de lhe dizer que também adoro as exclamações! Pois é...
    Beijos.

    E Neo, estou à procura Dele. O 'não
    praticante', fica por conta de que
    isso não me causa grandes preocupações.
    Se souber algo que acrescente uma luz
    na minha total escuridão à esse respeito,
    ficarei grata eternamente! Como convém, aliás.

    Grande abraço!

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  6. Não é fácil livrar-nos dos sonhos e ilusões, mas, sem dúvida, vez em quando é muito saudável que nos exercitemos na arte de reinventar-nos. Há casos em que só o fim pode nos apresentar a um começo mais pleno, onde estejamos mais conscientes do que realmente necessitamos para ser felizes.

    E voltando o foco para o seu blogue, maravilha! O que era já era muito mais que bom está melhor ainda...

    Bela reflexão a permitir tantas leituras! Bjs, Jac., obrigada por suas palavras lá no post de aniversário da minha netinha. Inté!

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  7. Oi, Jac. Vim aqui retribuir a visita e o gentil comentário em meu blog. Tudo muito bonito e cheio de ressonâncias líricas. Viver é ressuscitar todo dia. Abraços...

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  8. Ju, de vez em quando, eu finjo que me livro
    das ilusões e dos sonhos. De mentirinha, entende... porque se desfazer deles, é como
    andar despida da vida.

    E sua netinha é uma lindeza!
    Vamos seguir escrevendo e dividindo emoções!
    Beijão.

    Pepê, gostei muito da sua poesia!
    De alguma forma, ela bate no meu peito.
    Tenho andado por lá..rs
    Abraço.

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  9. Ei, moça, isso é bonito! Gostei do que li em seu blog e tornei-me seguidor.
    Pelo tema e pelo sentimento, este seu texto me fez lembrar um poema que escrevi, "Revirar", que republico lá no blog de poemas.
    Aliás, tenho outros dois blogs, um para crônicas e atualidades (mar de coisa) e outro para fotos (galeria wirz). Apareça por lá. Eu voltarei aqui.

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  10. Fui ler "Revirar" e gostei muito do seu renascimento. Aliás, gostei de tudo, 'seu moço'! Nascer nunca é fácil. Escrevi isso em 'Sobre a canção possível'.
    Mas é sempre uma experiência existencial
    plena, cheia de significados.
    Emergimos sempre maiores!
    Vou ler seus blogs todos, que gostei
    do seu jeito de se contar! Muito!

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  11. "...novo rosto, despovoado de tardes antigas...". É o que chamam de prosa poética. Belíssima!
    Bjoo!

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  12. Obrigada, Bill!
    A emoção está dentro de nós.
    Ela pode saltar de diversas formas.
    Ela é quem escolhe se quer ser poema ou não.
    Abraço.

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