segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Prisão


Há palavras em mim
que não deixo sair

São loucas
desesperadas

Preciso guardá-las
amordaçá-las

Há palavras em mim
impuras
obscenas

Me calo
só deixo um grito
ferir o espaço

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ando meio distraída...


Tenho andado longe, distante. Perdida no meio de florestas tropicais, ouvindo o ruído das chuvas, conversando com o nada ou escutando o barulho dos grandes silêncios. 
O estrondoso barulho do nada!

Tudo que eu ainda não conheço bem, escandalosamente se debruça em meu caminho. Os beirais das minhas varandas vivem encharcados de lembranças antigas e estranhas.
E eu vivo assim, distraída e doce, sob a luz do meu novo e último amor.