Ele nasceu verde
e delicado.
Um esbelto e pequeno tronco.
Por dentro, era só vontade
de ser livre, de ficar balançando
ao vento, bebendo a água
mansa da chuva
e ouvindo o murmúrio
dos regatos.
Por dentro, era só coragem
e ousadia.
Mas a vida lhe foi cobrindo com uma casca
escura e dura.
Restaram apenas algumas estrias
verdes de esperança!
"Yo pertenezco a la fecundidad
y creceré mientras crecen las vidas:
soy joven con la juventud del agua,
soy lento con la lentitud del tiempo,
soy puro con la pureza del aire,
oscuro con el vino de la noche
y sólo estaré inmóvil cuando sea
tan mineral que no vea ni escuche,
ni participe en lo que nace y crece."
Pablo Neruda
A vida faz isto conosco também. Trata de cobrir-nos com a mesma casca. Importante, portanto, mantermos alguns fiapos de verde. Não nos deixarmos ser completamente dominados.
ResponderExcluirBeijo e parabéns.
Rangel, são essas pequenas estrias
ResponderExcluirque ainda me fascinam. Não posso
me cobrir de verde novamente, mas
não vou me deixar secar, sempre
vou ter essa porção de ternura dos
primeiros momentos, que resiste e olha
tudo com um olhar de beleza...Bjos.
E por falar em estrias verdes de esperança, Jac, sua encomenda partiu hoje. Deve estar cruzando os céus chuvosos do Brasil, de inverno a inverno, para aquecer seu coração nesses dias frios que já estão. Ah! Você está de personagem no Papel de Seda em "Entrechuvas". Depois diga se gostou dos presentes. Bjs!
ResponderExcluirComo devo agradecer, Márcia...com que palavras...
ResponderExcluirQuando a emoção é grande, elas me faltam.
Por ora, lhe dou o meu carinho e amizade,
que guardada você está no meu coração!
Obrigada por você ser uma pessoa tão especial!!
Beijos.