sábado, 15 de maio de 2010

Constatação

Vamos juntos para o mar
            em silêncio
o vento é frio na tarde
      e deixa um vão
            de tristeza
      em nós

Vamos mudos
      caminhando devagar
pra não quebrar o encanto

 Nos olhamos
      com olhar torturado
de ilhas distantes e desertas

Sem espanto   
       tudo é silêncio de pedra
 na gente

6 comentários:

  1. Oi, Jac, o mar sempre me deixou melancólica, tem um 'que' de tristeza naquela seu imenso e profundo mistério. E apesar de tudo, é lindo.
    Bonito poema!
    Beijos
    Tais Luso

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  2. O mar me explica e me consola.
    Tudo fica menor diante dele!
    Solidão, tristeza, desencanto, medo...

    Tais, obrigada pela visita!
    Meu carinho pra você!

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  3. o mar é uma constante nos seus textos e também essa coisa sutilmente melancólica. mas é assim, mar e amar. amaremar.

    beijo

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  4. Rubens, você é muito bom com
    esse jogo de palavras! Sou sua fã!
    E você acertou..leu uma parte de mim.
    O mar e a melancolia...
    Ambos fazem parte da minha vida.
    Porque eu sou alegre, otimista, mas a
    minha 'alma' é melancólica.

    Meu carinho!

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  5. interessante, menina, com esse rizzo italiano você nos dá uma alma lusitâna. navegaire, navegaire!
    ao mesmo tempo nos dá essa coisa marítima melancólica de se perpetuar em telas e tintas e também um mar que não se repete, que assume todas as formas, que se faz novo em cada onda, em cada nascer em cada entardecer.
    em cada rizzo uma ponta de lágrima.
    ainda assim belo, pois somos o mar.

    beijos

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  6. Me emociona sentir como você chega
    perto do que eu escrevo!
    É isso, Rubens. Como o mar que não se
    repete e é sempre o mesmo!
    Você parece ter aquela beleza que é
    fundamental. Como o belo deve ser, da
    única forma possível. Com alma profunda,
    densa e imensa sensibilidade.

    Muito carinho pra você!

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