Precisamos do ausente, dizer do vazio que ficou.
É necessário que ele saiba das batalhas que travamos,
das guerras que perdemos, das casas que habitamos,
da poesia que dissemos e da longa espera
olhando para o longe, para o infinito distante.
olhando para o longe, para o infinito distante.
Devemos lhe contar, com o olhar baixo e triste, dos amores
que perdemos. Porque essa é sempre a perda que mais dói.
É inevitável que ele saiba que as flores murcham sem ele.
Que não há jardim. Que outoniço sem a sua presença.
E, mais que tudo, é indispensável que ele saiba, que a escada que
nos levava para o céu partiu-se, e que um deserto instalou-se.
E entre admirada e atônita, como uma criança, acendo estrelas
para iluminar a sua volta.
"Vejo-te em cada prisma, refletindo
Diagonalmente a múltipla esperança
E te amo, te venero, te idolatro
Numa perplexidade de criança."
Vinicius de Moraes em Conjugação da Ausente
Diagonalmente a múltipla esperança
E te amo, te venero, te idolatro
Numa perplexidade de criança."
Vinicius de Moraes em Conjugação da Ausente
Lindo...
ResponderExcluirTe abraço
E será sempre assim..
ResponderExcluirJac, que bom beber um pouco dessa sua leveza para acompanhar minha recente descoberta de que a vida tem um novo adjetivo: setembro. Sim, pense em setembro como um adjetivo, e quando você acordar com os mais doces raios de sol pulando a janela para dentro de seu quarto, pense: puxa, que dia setembro... Ou quando receber na rua um sorriso delicioso, conte a alguém: recebi um sorriso setembro. E por aí afora.
ResponderExcluirBeijos mil.
Obrigada pela visita, Quinan e Marcelo! Beijos.
ResponderExcluirE Lulih, suas palavras são sempre flores...
Que o resto do ano seja setembro para você!
Muitos beijos.