"Minha vida aportou aqui sem dizer
que ia ficar,
que ia ficar,
tal como a canoa do pescador
que pára junto a uma pedra,
sem saber se é por meia hora ou pelo dia inteiro.
que pára junto a uma pedra,
sem saber se é por meia hora ou pelo dia inteiro.
Entendo que é apenas mais uma estação, nesta viagem
em demanda de coisa alguma."
em demanda de coisa alguma."
Rubem Braga
Seria bom se estivéssemos sempre prontos para partir.
Com a bagagem reduzida, para que atrapalhasse o mínimo possível.
Com os adeuses em dia, sem mágoas guardadas, nem amores reprimidos.
Livres de ranços passados, de sentimentos não resolvidos.
Seria bom! Partiríamos calmos, mansos, apaziguados com nós mesmos.
Partiríamos sem pensar em lugares não visitados,
em livros não lidos,
nos papéis guardados, que não serviram para nada,
em telefonemas que não demos, no amigo que não apertamos
num abraço cheio de calor e agradecimento.
Partiríamos livres e soltos e leves e conformados.
Pois que não houve palavra alguma que não foi escrita ou pronunciada.
Nenhuma emoção escondida, nenhum pensamento ignorado.
Erguemos diante do mar de nossa existência, todas as possibilidades.
Só assim é possível partir!
Só dessa forma não nos agarraríamos nas pedras que pensávamos
que segurassem nossas casas e amarrassem nossas asas e almas.
Nossas moradas são frágeis e efêmeras.
Tudo à nossa volta é feito de brisa.
E já transformados em éter, precisaríamos apenas
de um vento suave e doce.
Partiríamos embalados por canções e o ruído familiar do farfalhar
de folhas, como se fossem ainda em nossos quintais.
E na essência de nós, a certeza de uma palavra preciosa,
de gestos puros de carinho!
Levando, na memória da vida, só os amores
que amamos com tanta ternura!
Jac,
ResponderExcluirEstava sentindo falta de suas divagações por aqui, sempre de maneira corajosa e terna de colocar em questão seus sentimentos e dilemas que os envolvem.
Parabéns querida, belo texto que sempre me leva a refletir positivamente!
Beijo carinhoso,
Ana Paula
Mãe, acho que se estivéssemos, assim sempre prontos, nos sentiríamos, não leves mas terminados, prontos e talvez essa sensação nos distanciaria da vida. O mágico e o motivador da vida será sempre a busca...
ResponderExcluirTe amo
Guta
Ana, obrigada pela visita, amiga querida!
ResponderExcluirE Guta, minha amada e muuuito querida filha...
Te amo e fiquei emocionada em te ver aqui!!!
Mil beijos!!!
Oi, Jac, não consigo saber como apareceu o quadro de seguidores? Será o browser que estou usando?
ResponderExcluirFiquei contente em poder te seguir. Te convido, também, a conhecer o meu outro blog. Está no meu perfil.
Também estarei por aqui!!
Um beijo, amiga, e obrigada pelas palavras...
tais luso
Já percebi você aqui e fico feliz
ResponderExcluircom sua presença!
Vou conhecer tudo dos seus blogs,
que me deixaram encantada!
Meu imenso carinho pra você!
Jac, tenho então a estranha sensação de que nunca poderei partir... Seria triste não poder partir, não poder econtrar o fim.
ResponderExcluirUm beijo pra você que é tão doce.
E eu, Lulih...me agarro a essas pedras que
ResponderExcluirpenso darem solidez à minha vida, para ver se desse jeito consigo ficar mais um pouco.
Nunca vou estar pronta...
E Lulih, como eu gosto do livro "Lugar da
Chuva', que você escreveu! Muito bonito!!!
Você tornou o Amapá mais rico com as suas
palavras e lembranças!
Que forma linda de enxergar as coisas do mundo!!
Meu abraço sempre carinhoso.
Oi Jac
ResponderExcluirNão é por acaso que estás entre minhas blogueiras favoritas, parabéns e sucesso sempre, bjs
Valter, que bom 'ouvir' isso de você!
ResponderExcluirQue carinho gostoso de receber!
Sempre respondo a quem me escreve, para
poder devolver a cada um, a delicadeza e
gentileza de tão queridos amigos que
encontro por aqui.
Obrigada e grande abraço!