Quando um poeta
parte
A vida escurece
Na sua morte
tudo anoitece
Federico García Lorca, foi o poeta espanhol
mais traduzido de todos os tempos.
Nasceu numa cidadezinha próxima a Granada, onde
viveu sua infância nunca esquecida.
García Lorca passou a vida a descrever aqueles anos.
Talvez ele tenha levado para a poesia, a música
que fora a sua primeira paixão.
De seus poemas salta um rítmo e uma sonoridade ímpares.
É quase possível cantá-los. A poesia dele é musical!
Não há como não perceber, lendo seus versos.
É quase possível cantá-los. A poesia dele é musical!
Não há como não perceber, lendo seus versos.
"Verde que te quiero verde.
Verde viento. Verdes ramas.
El barco sobre la mar
y el caballo en la montaña.
Con la sombra en la cintura
ella sueña en su baranda,
verde carne, pelo verde,con ojos de fría plata.
Verde que te quiero verde.
Bajo la luna gitana,
las cosas la están mirando
y ella no puede mirarlas."
Federico García Lorca, desapareceu precocemente,
assassinado pela Guerra Civil Espanhola.
O céu fica ainda mais triste quando parte um poeta levado pela guerra. Incompatível!
ResponderExcluirPenso assim, Márcia.
ResponderExcluirE García Lorca era um poeta
de sensibilidade muito aguçada
e grande lirismo! Não creio que
possa ter feito mal a alguém!
Coisas da vida e suas contradições...
Jac., tragédias existem, associadas a vultos da literatura (bem como de todas as outras artes, na verdade);
ResponderExcluircomo Lorca, Euclides da Cunha, e outros nós perdemos para uma morte prematura, imposta por alçguém.
Ernest Hemingway, Violeta Parra, Torquato Neto e vários outros produziriam mais belezas se não suicidassem.
Vários poetas romântiocos brasileiros morreram com idade abaixo de 25 anos, como Castro Alves, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo e outros.
Além dos assassinatos, duelos, suicídios, acidentes e todos os etcéteras, outras obras não se completaram por conta de loucura e outras formas de incapacitação em vida.
O caso do poeta francês Arthur Rimbaud tem uma estranheza atípica. Ele viveu apenas 36 anos, mas decidiu parar de escrever seus poemas (e eram tão originais, tão apreciados, tão bons) antes de completar 20. Lamentável perda, sem dúvida, seus dezesseis anos de silêncio.
A inteligência sensível e a estética de um Lorca a meu ver faz mais falta nesse mundo do que quem o matou.
Boa lembrança.
neo-orkuteiro, você lembrou muito bem
ResponderExcluiro poeta Rimbaud! Dele, nosso grande
Vinicius de Moraes escreveu..."O maior
de todos é Rimbaud". E Vinicius consumiu poesia o tempo todo!
Mas nós sabemos que há vidas que rondam a fatalidade, que se aproximam de tragédias. Ou seriam as tragédias e fatalidades que rondariam essas vidas...? O fato é que esses encontros se dão.
No caso dos poetas, eles ainda precisam, todos os dias, superar suas sensibilidades exacerbadas. E só isso já seria muito difícil, quase trágico, em alguns casos. Escrevi em janeiro sobre Torquato Neto. 'Na bruma... sozinho'.
E amigo, infelizmente sobre as guerras,
os homens ainda insistem em fazê-las.
Abraço.
Lembrei de uma peça que assisti
ResponderExcluircom Raul Cortez, em que ele recita
algumas poesias do Federico Garcia
Lorca e Fernando Pessoa, tendo ao
fundo uma música bem suave. O nome
da peça era "Um certo olhar".
Inesquecível...
Jan, quanta saudade de Raul Cortez!
ResponderExcluirEstá vendo como ficamos mais pobres,
quando eles se vão...
Ficamos tristes e pobres, pois
nenhuma riqueza sobre a terra,
consola a 'fome e a sede' da nossa alma.