VEREDAS
(DES)CAMINHO, ATALHO
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Canção de amar
Gala por Salvador Dalí
Enquanto não vens,
sou ave que voa alto,
palmeira abanando
ao vento.
Fico cismando
segredos,
chuvas finas,
arrepios.
Me transformo em rio
sem margens,
fico líquida,
transbordo
E na areia,
na crueza dos desertos,
lagos faço brotar.
Enquanto não vens,
meu coração
lento bate,
fico suspensa no ar
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