sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um olhar sobre as arestas



Os dias se desfiando 
um por um
pra onde vão
Aonde vai o tempo
assim
depois de usado

Hora por hora
a vida me consome
numa tarefa estranha
Transformar o instante já
Inventar uma flor
vistosa e bela
sobre cascalhos e pedras

Preciso inaugurar janelas novas
sobre a mesmice das coisas





5 comentários:

  1. "Inventar uma flor
    vistosa e bela
    sobre cascalhos e pedras".
    Incrível a ilustração.
    Vc fez primeiro a poesia
    e depois achou a figura ou
    encontrou a figura e fez a
    poesia?

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  2. Como é bom viajar nas linhas e entrelinhas desses poemas... Belíssimos! Vou seguir o blogue. É que meu tempo é curtinho e, assim, poderei, nos "buraquinhos" que eventualmente se abrem no meu dia-a-dia, atualizar-me com as publicações.

    Inté!

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  3. Vendo essa flor, rompendo o asfalto, lembrei
    daquela poesia do Drummond:

    "Uma flor nasceu na rua!
    Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
    Uma flor ainda desbotada
    ilude a polícia, rompe o asfalto.
    Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
    garanto que uma flor nasceu.
    É feia. Mas é flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio".

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  4. Jan, Quinan e Ju...obrigada!
    Vocês me fazem companhia, quando me visitam!
    Obrigada sempre!

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