sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quem segura (sem medo) a emoção




"Quem acorda de madrugada e estremece
de desgosto ao lembrar que
há muitos anos feriu a quem amava

Quem se detém no caminho para
ver melhor a flor silvestre
e procura na cidade os traços da
cidade que passou
Quem se lembra todos os dias do amigo mortoQuem entra em delicado transe diante
dos velhos troncos, dos musgos e dos líquens
Quem procura decifrar no desenho da madeira
o hieróglifo da existência...
Todos eles são presidiários da ternura e andarão
por toda a parte acorrentados, atados aos
pequenos amores da armadilha terrestre."

Paulo Mendes Campos
Um véu de água
me escorre na lembrança

Sou um mural
de imagens e vozes

mergulhadas na umidade
do temporefletidas na transparência
das pedras

Transmudo tudo:

Sinto a doçura no mar
 e amargo gosto no mel
 

6 comentários:

  1. Jac querida!

    Gosto muito quando você nos presenteia com Paulo Mendes Campos no seu blog, uma paixão que temos em comum.
    Melhor ainda com a doçura da sua poesia à reboque.
    Cada vez melhor, melhor e adorável!

    Meu beijo, meu carinho!!

    Ana Paula

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  2. Querida amiga...nos entendemos!
    Falamos a linguagem da emoção e
    dos sentimentos!

    Adoro tê-la por perto!
    Obrigada pelo carinho de sempre!

    Beijo carinhoso!

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  3. Queria só caber na descrição do Paulo Mendes Campos e nada mais. Lindo seu poema em diálogo com o dele.

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  4. Vejo muita sensibilidade em você, Márcia!
    Paulo Mendes Campos escreveu pensando em
    pessoas assim! Obrigada por sua visita!

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  5. Jac, teu poema é marcante. Maravilhoso. Doçura do mar...amargo do mel. Vc realmente transforma...
    Beijo e parabéns.

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  6. A vida exige sempre essa re-invenção
    constante.

    Beijo e obrigada pelo carinho!

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