sábado, 18 de abril de 2009

Miragens


 
Os poetas se consomem
em labaredas

Vasculham
a própria história
atrás de lembranças
que machucam
e canções esquecidas
na memória

Procuram
sem descanso
amores antigos
que dormem
no remanso

Estão no vento
no redemoinho
a reerguer
os sonhos
e construir castelos

Mas nos dizem sempre
no momento exato
a palavra que nos salva

Estão sempre em busca
de milagres
Os que ainda não aconteceram


5 comentários:

  1. Os poetas e os milagres:
    -do silêncio,da ressureição das palavras...
    -das palavras que falam, que escutam...
    -do excesso dos ventos em vírgulas e da água
    que jorra dos verbos...
    -da coragem de escrever...
    -das letras fixas no papel distantes de nossos abismos...
    -do rio de letras na rebentação da memória...
    -de respirar o amor com o pulmão do texto de amor...
    - de uma Jac que nos salva...

    Besos do RoN.

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  2. Jac
    Conheci teu blog e confesso que me surpreendi com tanta qualidade. Passo a ser seguidor dele que, prometo, visitarei sempre.

    beijo

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  3. Obrigada Rangel!
    Gostei muito do seu, também.
    E passo a frequentá-lo!

    Consumimos palavras...rs.
    Ou melhor, letras!

    Beijo.

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  4. Jac,

    Que lindo e delicado texto!

    A palavra e a poesia continuam me salvando. Só dessa forma consigo me entender neste nosso mundinho.

    Maravilha essas suas "Miragens"!!

    Beijo querida amiga.

    Ana

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